sexta-feira, 8 de janeiro de 2010

Sonhos de-verão

E o sol quente lá fora
Em quanto aqui dentro, ela mora.
Vem o dia, mas vai logo embora,
Se esvai sem demora.

E o sol quente lá fora..

Mas você não me larga
Me agarra sem hora - Ora bola!
- Será que realmente está?
Que é concreto-matéria, tijolo e cimento
Mas não, o cheiro que sinto
que faz tudo tão produto-bruto
É só mais um fruto, do meu coração

E o sol quente lá fora...
E eu prisioneiro.
Não tem sol, não tem mar,
Me satisfaz o seu cheiro
Cheiro que não está, odor que faz sonhar.

Não digo que não vem, pois vem.
Mas vai logo embora,
Como um dia de inverno.

E o sol quente lá fora?

Meu a-mar é extremo
Pode-se dizer: polar
Mas tu não deixas o equador
Preferes a mediocridade para te amornar,
pois temes o frio e repetes a máxima:
“Pés no chão para nunca sangrar!”
-Vamos lá, vamos lá.
embarque comigo para o alto do mar!

J.P.Guéron

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