Quando escapa o desejo
E a esperança se lança
Num espaço calado
E escuro
Em que nem mais
A memória tem acesso.
Quando os amores se vão
E nem mesmo mais
Um fragmento de sonho
Pode brincar de construir
Ilusões ou de bordar
Projetos.
Quando o corpo pára
De se emocionar
Diante de um encontro
Ou o coração desconhece
As palpitações.
Quando as crenças
Nas almas e nos homens
Passam a gravitar
Em algum lugar do passado.
Quando o gosto doce
De um beijo apaixonado
É esquecido sem deixar marcas.
Quando a flor vermelha empalidece e perde
Toda possibilidade de perfume
E a criança desaprende a inocência...
Quando então procuro o encanto
E perco o sentido e esqueço o senso
Aí então desadivinho a vida.
Virgínia Heine
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Que lindo poema!!! Parabéns!!!
ResponderExcluirBjs
Maravilhoso!!!
ResponderExcluirBjs