quinta-feira, 8 de outubro de 2009

Pobre poeta

O poeta sente com intensidade tamanha que escreve com lágrimas ao invés de grafite.
Troca suas vestes comuns por folhas de rascunho, e se desnuda em palavras.
 
O poeta tem olhos que enxergam pra dentro de si, como monstros de contos de fada,
e assim revira a própria alma numa busca eloquente e incessante.
 
O poeta, coitado, faz rima com a dor que lhe cabe
e acha ritmo em seu próprio descompasso.
 
Ele questiona seus sentimentos, rabisca sonhos, inventa crises,
vibra com amores, revive lembranças, atravessa noites.
E não se cansa.
 
Pobre poeta, vives inquieto.
Mas olhe pra ti, tão cheio de vida.
Seja responsável pelo que eternizas em escrita.
Não basta ter sensibilidade,
é preciso mais que coragem pra transformar a vida em poesia.

Maria Maria

Um comentário:

  1. Maria Maria é poeta da melhores! Jovem, inteligente, vibrante. Vibra até fazer sangrarem suas palavras poéticas.

    Obrigada por me deixar postar seus (outros virão)poemas.

    Beijo pra você.

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